Adrian Smith, guitarrista do Iron Maiden, compartilhou sua opinião sobre o "shredding" — um estilo caracterizado por técnicas rápidas e complexas e explicou por que nunca seguiu esse caminho. Em uma entrevista ao MusicRadar (via Ultimate Guitar), Smith reconheceu a habilidade exigida, mas contou que esse tipo de abordagem nunca lhe despertou interesse. Para ele, a técnica intensa sempre teve um componente "matemático".
"Respeito [o shredding], mas para mim é como matemática", disse. Ele acrescentou, em tom descontraído: "Se a técnica vem fácil para você, pode se deixar levar por isso, porque é impressionante. Dá para impressionar sua namorada e, depois, todo o resto do mundo!"
Adrian Smith destacou que suas maiores influências sempre estiveram ligadas a guitarristas mais melódicos, como Brian Robertson e Scott Gorham, da banda Thin Lizzy. Segundo ele, esses músicos se preocupavam mais com "melodia e sentimento" do que com a exibição técnica.
"Esses guitarristas eram de bom gosto. Sempre aspirei a algo memorável, com um pouco de melodia e sentimento, em vez de pura técnica", explicou. Smith também mencionou Ritchie Blackmore, do Deep Purple, como uma grande inspiração inicial, embora reconheça que "ninguém começa tocando assim."
Smith recordou seus primeiros passos no aprendizado musical, quando tocava músicas dos Rolling Stones e Status Quo. Ele contou que foi seu colega de banda Dave Murray quem o ensinou os primeiros acordes, enquanto seu pai o incentivava a aprender formalmente. Apesar disso, as aulas de guitarra não duraram muito: "Queria estar em uma banda, cantar, tocar e compor. Não necessariamente ser um virtuoso."
Embora prefira uma abordagem mais simples e emocional, Smith elogiou músicos técnicos como Eddie Van Halen e Gary Moore, ressaltando que esses artistas tinham qualidades que iam muito além da técnica. Ele destacou ainda que fatores físicos, como força e envergadura das mãos, influenciam o estilo de cada guitarrista. "Eddie Van Halen era muito mais do que um shredder. Ele tinha ótimas músicas, riffs, melodias e sentimento. O mesmo vale para Gary Moore, que era um guitarrista animalesco."
Fonte: Whiplash.net