O Ministério Público do Rio de Janeiro não gostou do que viu nas vistorias que fez pelos postos de saúde do Rock in Rio, durante o primeiro final de semana de shows. Agentes consideraram que nas áreas para atendimento não havia médicos suficientes, que os espaços eram reduzidos e que não havia pistas de escape seguras para a remoção de pacientes. Então, por meio de sua Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa do Consumir, entrou na noite de terça-feira com uma liminar pedindo a suspensão do evento.
Na noite de sábado, a reportagem do Estado esteve em um dos postos de saúde para obter informações sobre ocorrências médicas. Ao ver o crachá do repórter, a responsável por um dos postos entendeu que ele pertencia à produção do festival e passou a fazer uma série de reivindicações. "Temos que ter mais espaço para este pessoal", dizia, apontando para pacientes que estavam deitados nas camas tomando soro por problemas alcoólicos. "Temos que liberar esta área para outros atendimentos e deixá-los no soro em outra sala, resolvam isso pra gente."
A responsável, que não se identificou no final da conversa, disse que já havia pedido para remover os pacientes vítimas de abuso de álcool para uma outra área, mas que lhe informaram que seria impossível por falta de iluminação no local. Apesar de informar que não recebeu a liminar, a assessoria de imprensa diz que as providências para melhoria deste setor já estão sendo tomadas. Uma decisão da Justiça está sendo aguardada para esta quarta-feira.