“Eu fico empolgado com esse carinho, mas não sei por que essa ligação é tão forte. Acho que no Brasil as pessoas gostam com paixão, sem medo de exagerar. É como no futebol, não?”, questiona o guitarrista Adrian Smith, 62. “Temos muitos fãs, de todas as idades. Essa fidelidade deixa a banda como um ponto fora da curva”, afirma Smith.
O guitarrista também falou sobre a relação dos membros da banda e que após todos esse anos, os integrantes continuam grandes amigos. “Sim, a gente se dá muito bem, andamos juntos por aí. Claro que não somos mais adolescentes, temos famílias que exigem mais tempo de cada um, mas o Iron Maiden ainda se diverte. A banda não se transformou numa empresa.”
Com tantos discos e hits, escolher o repertório dos shows poderia ser difícil, mas o guitarrista diz que o segredo é não esquentar a cabeça. “Sempre alguém irá falar que faltou esta ou aquela música. O importante é a gente dar tudo nas que escolhemos.”
Ele explica que o grupo costuma reservar algumas semanas para compor novo material. Mas isso ainda não aconteceu para preparar o sucessor de “The Book of Souls”.
Smith dá risada diante da pergunta sobre quanto tempo o Iron Maiden irá seguir na estrada. “É difícil imaginar o grupo em dez anos. Mas é como um bom carro. Enquanto rodar bem, vamos em frente.”
Fonte: Folha de S. Paulo
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