O Airlander, atualmente a maior aeronave do mundo e que tem tem seu projeto apoiado pelo vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, sofreu um novo acidente no último final de semana.
Este foi o segundo acidente com a aeronave, o primeiro aconteceu durante um pouso, em agosto de 2016. Dessa vez, após mais uma bateria de testes, o Airlander estava preso a mastros de fixação no solo, em um aeroporto de Cardington, a 80 quilômetros de Londres, mas uma falha fez com que a aeronave se soltasse. Assim, um sistema de emergência foi acionado abrindo uma fenda na estrutura do Airlander, liberando gases e esvaziando o dirigível para minimizar os danos.
No momento do acidente, não havia tripulação a bordo da aeronave, mas duas pessoas tiveram ferimentos leves. As causas do acidente estão sendo investigadas e novos testes foram cancelados.
O objetivo do projeto é usar a aeronave, ainda em desenvolvimento, como alternativa para transporte de cargas pelo ar. O gigante dos ares possui 91 metros de comprimento, 34 metros de largura e 26 metros de altura, superando o Antonov Mriya e assumindo o posto de maior aeronave do mundo.
Para se manter no ar, o Airlander utiliza gás hélio, o mesmo usado em balões que enfeitam festinhas infantis. Além disso, o formato da fuselagem também gera sustentação durante o voo. Além das dimensões, ele tem boa autonomia. De acordo com a companhia britânica Hybrid Air Vehicles (HAV), ele seria capaz de passar três semanas voando, sem a necessidade de realizar um pouso. Já que não queima combustíveis, ele ainda é mais amigável ao meio ambiente do que as soluções atuais.
Desenvolvido inicialmente para fins militares em parceria com o exército americano, o projeto sofreu cortes no orçamento e foi deixado de lado. Agora a HAV enxerga um uso comercial para a aeronave. A versão em testes é capaz de carregar 10 toneladas de carga, mas a empresa já pensa em criar versões maiores que poderiam levar até 50 toneladas.
